Cinema

Cinemax exibe “A Cor dos Sonhos”

João Pina é um realizador improvável. O filme que concretizou é exibido numa sessão que inclui "Olinda" e "Tick Tack", duas animações programadas em parceria com a rede Shortcutz e a Monstra. Quarta-feira, RTP2, 00h20.

16 Mar 2015 14:40

"A Cor dos Sonhos", primeira curta-metragem do realizador almadense João Pina, rodada em Almada e Mangualde, retrata o drama social que muitas famílias portuguesas atravessam. É uma curta-metragem sobre os sonhos, particularmente o sonho de uma criança numa sociedade afetada pela dramática crise económica que atinge também os seus pais.

João Pina materializou uma ideia original num filme rodado em seis meses, com os seus próprios recursos, envolvendo organizações públicas e privadas que permitiram encontrar os cenários para as filmagens. Para realizar o seu sonho, João Pina foi simultaneamente realizador, encenador, produtor, ator, editor de imagem e som.

Para além disto, captou o interesse dos atores João Didelet e Marques D´Arede e de três músicos: Luís Guerreiro (guitarra portuguesa), Pedro Pinhal (viola), e Noiserv. Três músicas originais e duas músicas que foram tocadas num contexto intimista compõem a banda sonora deste filme.

O realizador não tem formação na área do cinema, tendo feito o seu percurso académico e profissional na área da gestão e do empreendedorismo.

"A Cor dos Sonhos" foi exibido no FESTIN em Lisboa, Farcume, festival de curtas-metragems de Faro, e nos Festroia, em Setúbal.

CINEMAX exibe duas animações em parceria com Monstra e Shortcutz Viseu
Nesta sessão #20 iremos exibir "Tick Tack", um filme selecionado pela Monstra, o festival de cinema animado cuja a 15ª edição decorre em Lisboa até 22 de março 2015.

Trata-se de uma animação em stop motion de Ülo Pikkov, realizador da Estónia, sobre um relojoeiro e a natureza efémera do tempo.

A sessão fica completa com a exibição de "Olinda", o primeiro filme da dupla Margarida Madeira e Aracely Kennedy, que resulta do trabalho final do mestrado em animação que as duas fizeram em Barcelona, onde desenvoveram as técnicas de animação 3D.

A personalidade de Olinda baseia-se, segundo as autoras, no sentimento de angústia. O nome da personagem foi escolhido por ser uma das cidades invisíveis de Italo Calvino, onde crescem cidades umas dentro das outras.

"Olinda" foi exibido em festivais de cinema em Espanha, Itália, México, Colômbia. Em Portugal foi selecionando no Cinanima 2012, festival de Espinho, e integrou sessões da rede Shortcutz em Viseu e Lisboa. O filme é selecionado pelo Shortcutz Express de Viseu.