13 Jun 2018 21:49
Parecendo que não, o lendário “Terminator 2”, entre nós chamado “Exterminador Implacável 2: O Dia do Julgamento”, já tem mais de um quarto de século — a sua estreia ocorreu em 1991. Dir-se-ia que era um filme que tinha já assegurado o seu lugar histórico e mitológico. Mas agora, em 2018, James Cameron decidiu acrescentar-lhe as três dimensões — e levar-nos a recordar um tempo, afinal, bem diferente para as grandes produções de Hollywood.
Desta vez, Sarah Connor e o seu filho John — interpretados por Linda Hamilton e Edward Furlong — têm de enfrentar um exterminador que vem do futuro para impedir que o jovem John Connor se torne líder da resistência. Daí a diferente função dramática de Arnold Schwarzenegger: no primeiro “Exterminador”, lançado em 1984, ele era o inimigo principal; agora está do lado do bem, contra o poder ameaçador das máquinas.
Através da conjugação dos mais diversos elementos — desde o espantoso look do filme até às canções —, James Cameron soube criar uma ambiência que tinha tanto de aventura clássica como de ficção futurista, com temperos de teledisco. Pode dizer-se que este foi um filme anterior à moda invasora dos super-heróis — afinal, uma fábula sobre o factor humano, seus limites e utopias.
"Terminator 2" conseguiu nada mais nada menos que quatro Oscars, todos ligados a fundamentais zonas de produção de fascinantes artifícios de imagens e sons: melhor caracterização, melhores efeitos visuais, melhor som e melhor montagem de som. Na sua dinâmica visual e sonora, dir-se-ia que há nele qualquer coisa de ópera rock, por vezes com insólitas derivações “country” — é que na banda sonora até está a canção “Guitars, Cadillacs”, de Dwight Yoakam.