8 Nov 2019 18:56
A saga do “Terminator”, ou do “Exterminador Implacável” (para usarmos a expressão consagrada no mercado português), começou em 1984 e já vai no seu sexto filme, “Exterminador Implacável: Destino Sombrio”. Isto sem esquecer as suas muitas variantes. Ou seja: as séries de televisão, as séries produzidas para a Internet e os jogos de video. De qualquer modo, há um filme que se destaca de todos os outros. É o segundo da série, com o subtítulo “O Dia do Julgamento” — já lá vão uns anitos, foi em 1991.
Convém lembrar que estamos perante as variações do “Terminator” com assinatura de James Cameron. Tal como no primeiro filme, a música de Brad Fiedel, fortemente apoiada em sintetizadores, ajudava a criar uma paisagem sonora essencial na história de Arnold Schwarzenegger. Digamos, para simplificar, que se trata de uma história de confronto entre forças malignas que viajam no tempo, visando a personagem de John Connor, o jovem filho de Sarah Connor — Scwarzenegger é o exterminador do lado do Bem, apostado em garantir a sobrevivência de John, interpretado por Edward Furlong.
“Exterminador Implacável 2” entrou para a história do cinema de aventuras como um momento decisivo na evolução das suas bases tecnológicas, quer dizer, dos seus efeitos especiais. De qualquer modo, nada disso pode ser separado de uma dimensão genuinamente trágica e, em particular, da trajectória da personagem de Schwarzenegger, uma espécie de anjo da guarda vindo do ciberespaço.
O filme foi consagrado com quatro Oscars, bem reveladores da sua importância técnica: melhor som, melhor montagem de efeitos sonoros, melhores efeitos visuais e melhor caracterização. Ao mesmo tempo, “Exterminador Implável 2” possui o sentido de humor suficiente para explorar os contrastes mais insólitos, por exemplo na banda sonora, através de uma canção de Dwight Yoakam — chama-se “Guitars, Cadillacs” e marca as aventuras do futuro com um toque de música “country”.