28 Jul 2018 19:46
Foi no começo da década de 1930 que se iniciou a saga de Boris Karloff como o monstro dos filmes inspirados no romance “Frankenstein”, de Mary Shelley. E com tal impacto que Frankenstein, no interior da tradição do filme de terror, se transformou num género à parte — incluindo as variações mais insólitas, mais inesperadas e também mais divertidas.
Numa dessas variações podemos até deparar com a canção “Puttin’on the Ritz”, um clássico do musical teatral e cinematográfico composta pelo grande Irving Berlin, cantada por Gene Wilder. E não exactamente a interpretar um cantor da Broadway… Wilder surge no papel de Viktor Frankenstein, o médico que criou um novo ser humano — o filme tem data de 1974, foi realizado por Mel Brooks e chama-se “Frankenstein Júnior”.
O Dr. Frankenstein tinha um carinho muito especial pelo seu querido "monstro", mostrando-se empenhado em dar a conhecer ao mundo a sua esplendorosa criação. Digamos que as coisas não correm exactamente como previsto, de tal modo que o humor mais sarcástico se vai sobrepondo às convenções dos clássicos filmes sobre Frankenstein — tudo temperado por um romantismo sempre ameaçado de festiva decomposição.
“Frankenstein Júnior” obteve um enorme sucesso na época do seu lançamento — no mercado português, no ano de 1975, foi mesmo um fenómeno de contagiante popularidade. Mais recentemente, Mel Brooks decidiu correr um novo risco: não apenas abordar a narrativa tradicional de “Frankenstein” em registo cómico, mas transfigurá-lo em espectáculo musical para os palcos — tal como o filme, chamou-se no original “Young Frankenstein” e chegou à Broadway em 2007.