15 Mar 2015 11:44
Joaquin Phoenix, protagonista do mais recente filme de Paul Thomas Anderson, "Vício Intrínseco", é hoje em dia um dos grandes valores do cinema americano. Nascido em 1974, começou a trabalhar regularmente ainda criança, ganhando reconhecimento ao longo dos anos 90. De qualquer modo, é com a primeira nomeação para um Oscar, na categoria de melhor actor secundário, que tudo mudou para ele — aconteceu, precisamente, com "Gladiador".
Joaquin Phoenix interpretava a figura do imperador romano Lúcio Aurélio Cómodo, em confronto com Máximo, interpretado por Russell Crowe. Era um confronto que o realizador, Ridley Scott filmava como uma tragédia política, envolvendo carisma, rivalidade e, claro, uma radical luta pelo poder. Nesta perspectiva, "Gladiador" impôs-se como uma recuperação do velho modelo do peplum, agora refeito através das mais modernas tecnologias.
Obviamente não por acaso, "Gladiador" surgiu na linha da frente dos Oscars das chamadas categorias técnicas, conseguindo distinções nas categorias de efeitos visuais, som e guarda-roupa. Russell Crowe recebeu a estatueta de melhor actor; Joaquin Phoenix não ganhou, mas "Gladiador" acabaria por ter o prémio máximo: melhor filme do ano 2000, face a títulos como "Gladiador", de Steven Soderbergh, e "O Tigre e o Dragão", de Ang Lee.
Na filmografia de Ridley Scott, "Gladiador" ficou como uma das suas proezas mais espectaculares, ilustrando o modo como ele se tem mantido ligado aos grandes estúdios americanos, embora sempre a partir da sua base inglesa, a empresa Scott Free, que fundou com o seu irmão Tony Scott.