29 Ago 2016 1:39
Os números das bilheteiras indicam que o recente "Jason Bourne", com Matt Damon a ser de novo dirigido por Paul Greengrass, é um sucesso na China, tendo já ultrapassado os 25 milhões de dólares.
O certo é que, de acordo com notícia publicada por "The Hollywood Reporter", a exibição do filme tem sido marcada por protestos de espectadores contra a sua exibição em 3D. Segundo tais espectadores (que, por vezes, têm dado conta do seu desconforto em plataformas da Net), a aceleração da montagem, combinada com as três dimensões, provoca náuseas e vómitos. O jornal estatal "Global Times" já deu mesmo conta de que espectadores de uma zona de Pequim (Chayoang) se organizaram, em protesto, exigindo a devolução do valor dos bilhetes.
Para além do caso específico do filme, o acontecimento explica-se, em parte, pela proliferação de ecrãs 3D no mercado chinês. De facto, a maioria das suas quase 40 mil salas surgiram ao longo da última década, favorecendo o 3D, com entradas mais caras, como forma de rentabilização mais acelerada.
Tal conjuntura favorece desequilíbrios como aquele que agora se verifica. A certa altura, em Pequim, "Jason Bourne" estava apenas em 8 de 149 salas; em Shangai, a proporção era de 9/174. Os exibidores estão a tentar contrariar a situação, colocando à disposição do público mais cópias em 2D.
Além da China, "Jason Bourne" está a ser distribuído em 3D em Hong Kong, Índia, Filipinas e Vietname. Recorde-se que nos EUA e na Europa o filme foi lançado em 2D.