1 Set 2018 16:35
Já vimos esta história filmada por George Cukor com Judy Garland, em 1954, e por Frank Pierson com Barbra Streisand, em 1976. É um clássico que resistiu à passagem do tempo e a nova versão não serve para projetar uma estrela mas para lançar um novo desafio e novas oportunidades nas carreiras de Lady Gaga e Bradley Cooper.
O ator estreia-se na realização, interpreta o papel principal escreve o argumento e produz o filme. Demonstra competência ao adaptar esta história para os tempos modernos, juntando Jackson Maine, uma estrela veterana da música com forte dependência do alcool, e Ally, uma jovem cantora com pouca confiança nas suas qualidades.
Bradley Cooper surpreende pelo seu desempenho enquanto cantor interpretando uma série de temas em palco e algumas músicas em dueto com Lady Gaga – as poderosas cenas musicas foram gravadas ao vivo no festival de música de Coachella. Cooper assumiu este papel confiando nas suas capacidades – o ator cantava na escola… – e aquilo que mostra nas suas cenas musicais é muito surpreendente.
O filme é uma história de amor desenvolvida à medida que os dois vão escrevendo a banda sonora das suas vidas e procurando apoiar as fragilidades que ambos sentem. Há uma empatia genuina entre Lady Gaga e Bradley Cooper que decorre do facto de ambos estarem muito à vontade nestes papéis.
Lady Gaga assume que quer entrar no cinema e fá-lo de uma forma desarmante, expondo-se como uma artista frágil e hesitante, através de canções que não correspondem ao seu estilo musical e despindo-se completamente das suas personagens.
"A Star is Born", exibido é o ‘feel good movie’ do festival, um triunfo para ambos e vai escutar-se até aos Óscares – com diversas canções compostas e interpretadas por Lady Gaga e Bradley Cooper, não deverá falhar nomeações e prémios nas categorias de banda sonora e canção original.