31 Ago 2023
Um francês conhecido dos dois lados do Atlântico ocupará as sessões da noite no primeiro dia do Festival de Veneza: Luc Besson, 64 anos, um veterano do cinema, tenta regressar com “Dogman”, em competição.
O realizador e produtor de êxitos populares como “O Quinto Elemento”, ou “Lucy”, sonhava com uma carreira em Hollywood, mas sofreu um revés atrás do outro nos últimos anos.
Os fracassos comerciais, incluindo o seu candidato falhado a sucesso de bilheteira “Valérian e a Cidade dos Mil Planetas”, quase mataram a EuropaCorp, a empresa que sonhava ver competir com os grandes estúdios americanos.
No plano jurídico, em 2018, teve de lidar com as acusações de violação feitas pela atriz Sand van Roy. Mas o céu ficou limpo nos últimos meses: em junho, os tribunais franceses puseram fim ao caso, com a rejeição definitiva das acusações contra ele.
Besson joga sério em Veneza, onde espera escrever uma nova página da sua tumultuosa carreira internacional com um filme da sua veia mais sombria, como “Subway”, “Nikita” e “Léon”.
“Dogman” conta a história de uma criança perturbada que encontra a salvação no amor dos cães.
No papel principal, uma das esperanças do cinema independente americano, Caleb Landry Jones, vencedor do prémio de Melhor Ator em Cannes em 2021 por “Nitram”, também ele esperado no tapete vermelho.