Mais Cinema
Pagnol, Guitry, Renoir & Ophüls
Há mais clássicos do cinema francês para ver ou rever — ou como os mestres dos anos 50 prepararam o terreno para a eclosão da Nouvelle Vague.
14 Set 2018 4:16
Ainda e sempre, importa (re)valorizar a possibilidade de descobrirmos ou reencontrarmos os grandes clássicos da história do cinema no ecrã de uma sala escura. Por menosprezo pelas outras alternativas, mais ou menos digitais, que o presente nos oferece? De modo algum. Antes porque a sala de cinema é a raiz de todos os prazeres cinéfilos.
No programa de reposições de clássicos do cinema francês que tem marcado o Verão (e que se prolonga até Outubro, em Lisboa e Porto), eis as quatro novidades da semana:
* A FILHA DO POCEIRO (1940), de Marcel Pagnol — Se existe na produção francesa um imaginário cinematográfico visceralmente ligado às classes populares, Pagnol é um dos seus fundamentais representantes. Esta comédia/drama recheada de contrastes conta com dois dos actores mais populares da época: Fernandel e Raimu.
* O VENENO (1951), de Sacha Guitry — Mestre das epopeias históricas, Guitry foi também um obsessivo e cáustico analista das contradições da natureza humana, neste caso encenando as atribulações amargas e doces de um homem a contas com os tribunais. Com o lendário Michel Simon no papel central.
* O PRAZER (1952), de Max Ophüls — O mundo dos prazeres e dos seus limites, dos desejos e do seu carácter infinito, surge aqui encenado através de três histórias adaptadas de outros tantos contos de Guy de Maupassant — um exemplo admirável da pulsão romântica em Ophüls, tendo como ponto de fuga a nitidez da morte [video: abertura do segundo episódio: ‘La Maison Tellier’].
* FRENCH CANCAN (1954), de Jean Renoir — Jean Gabin, Françoise Arnoul, Simone Simon e ainda Édith Piaf (interpretando uma canção): a evocação do Moulin Rouge e da época gloriosa do cancan ilustra de forma cristalina a miragem da felicidade absoluta segundo Renoir — é caso para dizer que é um dos seus filmes mais felizes.
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