“Paixões Unidas”: filme da FIFA ridicularizado nos Estados Unidos
O filme e a sua miserável receita de bilheteira no fim-de-semana de estreia na América do Norte foram alvo de comentários bastante negativos na imprensa.
O filme "Paixões Unidas, financiado pela FIFA, lançado sexta-feira nas salas de cinema dos EUA em pleno escândalo de corrupção no organismo que rege o futebol mundial foi violentamente ridicularizado pela imprensa americana.
O filme com Gerard Depardieu e Tim Roth "vem no pior momento, ou é uma brilhante jogada de marketing?" pergunta o site especializado em cinema Deadline.com.
"O filme patrocinado pela FIFA está bem longe da baliza", conta por sua vez o Los Angeles Times.
"Encontramos três pessoas que gostam do filme de Joseph Blatter, sobre a FIFA", ironiza o Washington Post.
"Tim Roth encarna Sepp Blatter, presidente da Fifa (que é retratado no filme como eficaz, mas difícil – "realmente é preciso ter um ego enorme para financiar um filme em que se é o herói, mas, pelo menos, Blatter teve a decência de não contratar Brad Pitt para o interpretar ", lê-se no artigo do Washington Post. "Paixões Unidas" possui a distinção de ter, possivelmente, a pior data de estreia na história do cinema, com um lançamento nos EUA, quatro dias após Blatter ter anunciado a sua renúncia" – ainda segundo o mesmo jornal.
Outra peculiaridade do filme: recolheu a rara pontuação de 0% de aprovação no agregador de críticas de cinema RottenTomatoes.com. Entre os comentários, Sara Stewart do New York Post descreve o filme como "soporífero, amador e com uma hilariante e constrangedora data de lançamento."
O site The Playlist acredita que "Paixões Unidas" nos faz pensar que ainda não tinhamos atingido completamente a extensão da arrogância e do ego da FIFA."
O filme de Frédéric Auburtin conta a história do Campeonato do Mundo da FIFA através de três dos seus presidentes, e foi apresentado em Cannes no ano passado com a presença de Sepp Blatter.
Depardieu encarna o francês Jules Rimet, presidente da Federação Internacional de Futebol (FIFA) durante 33 anos.
Um tribunal dos EUA indiciou 14 funcionários da FIFA e agentes de marketing desportivo num caso de corrupção e peculato no valor de 150 milhões de dólares. Um antigo dirigente da organização, Chuck Blazer, também reconheceu o pagamento direto de subornos à margem da atribuição dos Campeonatos do Mundo de 1998 e 2010.
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