22 Abr 2016 0:43
"O Homem da Câmara de Filmar" (1929), de Dziga Vertov, foi o filme escolhido para abertura de um magnífico ciclo de memórias do cinema russo do período soviético — mais exactamente: "Grande Cinema Russo / Do mudo à Perestroika", a partir de hoje em Lisboa (até 13 de Julho) e Porto (até 15 de Junho).
Na sua segunda parte, o ciclo aponta para a produção dos anos 60/70/80, redescobrindo contextos e experiências que, mais do que nunca, importa observar para além de todos os clichés (estéticos ou políticos). Especialmente curiosa, nesse aspecto, será a passagem do monumental "Guerra e Paz" (1966), de Sergei Bondarchuck, apostado em concorrer com as "superproduções" americanas da época.
As primeiras sessões do Ciclo serão apresentadas por convidados.
No sábado, 23 de Abril, o cineasta e produtor António da Cunha Telles apresenta "O Couraçado Potemkine", na sessão das 21h45.
"Outubro" será apresentado pela historiadora Irene Pimentel na terça-feira, dia 26 de Abril, às 21h45.
O artista plástico Pedro Proença apresenta "Ivan, O Terrível" na segunda-feira, 2 de Maio, às 21h30. As duas partes do filme serão exibidas numa versão restaurada.
No dia 28 de Maio, a realizadora Salomé Lamas apresenta "Outubro", na sessão das 21h45.
Na sexta-feira, dia 3 de Junho, o jornalista e historiador Jozé Milhazes apresenta a obra "Alexandre Nevsky", que swerá exibido numa versão digital restaurada, às 21h30.
"Alexandre Nevsky" contará também com uma apresentação por Salvato Teles de Meneses, no dia 20 de Junho, às 21h30.