07 Set 2023
Os membros do júri presidido por Damien Chazelle, realizador de “La La Land” e “Babylon”, ainda têm cinco filmes para ver antes de decidirem quem vai suceder ao documentário de Laura Poitras sobre a crise dos opiáceos nos Estados Unidos, que ganhou o Leão de Ouro no ano passado.
Entre os que ainda não passaram pela passadeira vermelha estão o francês Stéphane Brizé, que veio apresentar “Hors-Saison”, drama protagonizado por Guillaume Canet e Alba Rohrwacher, e o mexicano Michel Franco, para uma produção protagonizada por Jessica Chastain e Peter Sarsgaard, “Memory”.
Este último terá a honra de encerrar a competição na sexta-feira à noite, com alguns favoritos já destacados, incluindo o filme do realizador grego Yorgos Lanthimos, que tem a crítica à flor da pele com “Pobres Criaturas”, um Frankenstein feminino em que Emma Stone interpreta uma criatura cândida que está a aprender sobre o amor e o sexo.
“A Besta”, uma viagem ao estilo David Lynch do realizador francês Bertrand Bonello, protagonizada por Léa Seydoux, também causou forte impressão, tal como “Ferrari”, de Michael Mann, sobre uma altura crítica da vida do famoso industrial italiano, ou o assassino com má consciência protagonizado por Michael Fassbender em “The Killer”, de David Fincher.
Resta saber qual a importância que o júri vai dar aos filmes mais políticos, como o polaco “Green Border”, ou o italiano “Io,Capitano”, ambos com forte ressonância atual e que descrevem o calvário dos migrantes que tentam chegar à Europa.