O Melhor dos Mundos

Lisboa, 2027. Três anos depois da instalação de novos cabos subaquáticos de comunicação entre Portugal Continental, Açores e Madeira, um grupo de cientistas luta para conseguir manter o financiamento da sua investigação.

Criado em torno das possibilidades tecnológicas advindas da colocação dos novos cabos, o ISR – Investigação Submarina em Rede – é composto por físicos, sismólogos e oceanógrafos.

Marta, à frente do grupo de sismólogos, é idealista e acredita que a ciência poderá um dia responder a todas as grandes questões da humanidade. Do outro lado, no grupo dos oceanógrafos, está Miguel, que se dedica a investigar as alterações climáticas e as suas possíveis consequências a partir da observação do oceano profundo.

Marta e Miguel são um casal na vida privada, mas vêem-se frequentemente em polos opostos no que diz respeito às discussões científicas. Este conflito será posto à prova numa noite decisiva em que parâmetros analisados por Marta apontam para uma probabilidade altíssima de um sismo avassalador poder atingir Lisboa nas 30 horas seguintes.

Discussões éticas e científicas irão dividir o grupo, que se vê indeciso sobre alertar ou não a população para a possível tragédia iminente. A questão ética sobrepõem-se a todas as outras: por um lado, um aviso pode salvar muitas vidas; por outro, caso se trate de um falso alarme, o pânico generalizado terá gravíssimas consequências – além, claro, de poderem pôr as suas próprias carreiras em risco.

Tendo nas suas mãos uma decisão tão crucial sobre o destino de uma cidade e de tantas vidas, eles terão de escolher que caminho seguir.