16 Fev 2015 22:21
O filme "Taxi" do cineasta iraniano Jafar Panahi, realizador dissidente que no sábado recebeu o Urso de Ouro da Berlinale 65, já foi vendido para mais de trinta países, apesar da exibição estar proibida no Irão.
"Taxi" é um filme atual sobre a sociedade iraniana e o realizador rodou-o acompanhando um motorista de táxi em Teerão.
O filme está vendido para vinte países europeus, incluindo a Rússia e a Turquia, anunciou a empresa Celluloid Dreams, responsável pelas vendas internacionais do filme.
Fora da Europa, o filme será distribuído em Taiwan, Hong Kong e China (Ásia), Brasil, Colômbia (América Latina), e também foi vendido para uma empresa de distribuição no Oriente Médio, revelou a Celluloid Dreams.
As negociações ainda estão em curso com companhias de distribuição do Reino Unido e dos Estados Unidos.
Ao conceder o prémio de melhor filme "Taxi", o júri colocou sob os holofotes um cineasta que está proibido de trabalhar no país e de viajar para o exterior.
Panahi foi preso em março de 2010 quando estava a preparar um filme sobre os protestos contra a reeleição contestada do presidente Mahmoud Ahmadinejad, em junho de 2009.
Ele foi condenado em 2011 e proibido de filmar durante 20 anos por fazer "propaganda contra o regime ".
No entanto, desde então filmou três longas-metragens, incluindo "Taxi", e conseguiu fazê-as chegar a festivais internacionais.