6 Jun 2015 19:05
Quando vemos algumas grandes produções da indústria francesa (ex.: "Astérix: o Domínio dos Deuses"), não podemos deixar de sublinhar um facto tantas vezes esquecido: seja utilizando a imagem tradicional, seja no domínio da animação digital, essa indústria possui as bases de uma grande sofisticação de produção. Um exemplo histórico disso mesmo poderá ser "O Quinto Elemento", de Luc Besson.
Foi em 1997 — talvez se possa dizer que o impacto de "O Quinto Elemento" resultou da hábil combinação de um certo tom clássico de ficção científica com algumas componentes mais ou menos policiais. Esta é, afinal, a história de um motorista de taxi que, num futuro mais ou menos distante, se vê envolvido numa rede de conflitos para dominar uma poderosíssima arma cósmica…
A estratégia do realizador Luc Besson passa pela conciliação de dois vectores fundamentais: por um lado, a exploração de modelos de acção e espectáculo fortemente enraizados no imaginário popular; por outro lado, a apresentação de um elenco internacional, liderado por uma grande estrela americana — Bruce Willis, Milla Jovovich, Ian Holm, Chris Tucker e Gary Oldman, todos estão em "O Quinto Elemento".
"O Quinto Elemento" foi um grande sucesso dos dois lados do Atlântico, ajudando a consolidar o nome de Luc Besson como um parceiro incontornável no diálogo de produção entre a Europa e Hollywood — em boa verdade, hoje em dia, através da EuropaCorp, com filmes melhores ou piores, Besson simboliza o empreendedor europeu que conseguiu conquistar uma posição segura no difícil mercado americano.