O polémico cineasta norte-americano Michael Moore surpreendeu terça-feira ao anunciar a chegada às salas de cinema do seu mais recente filme, cujo tema é Donald Trump, candidato republicano à Casa Branca.
O filme, com o título "Michael Moore in TrumpLand" baseia-se numa peça de teatro escrita por Moore e teve antestreia gratuita no IFC Center, de Nova Iorque, ao início da noite dessa mesma terça-feira.
Hoje, quarta-feira, terão início as sessões regulares que se extendem também ao Laemmle Town Center, em Encino, na zona de Los Angeles. O filme, com 73 minutos de duração, vai estar uma semana em cartaz nestas duas salas. A seguir, passa diretamente para as plataformas online.
A sinopse oficial explica que o projeto coloca em filme o monólogo que Moore – opositor feroz de Trump – esperava apresentar ao vivo no palco do Newark’s Midland Theatre, no estado norte-americano do Ohio. De acordo com o cineasta, a sua obra foi banida por ser demasiado controversa. A versão dos responsáveis pelo teatro, citada no The Hollywood Reporter, afirma ter sido um problema de tempo e de questões relacionadas com a produção.
Moore venceu o Óscar do melhor documentário em 2003 com o "Bowling for Columbine" e foi de novo candidato com "Sicko" (2007), uma história que denunciava as debilidades do sistema de saúde nos Estados Unidos.
No trajeto de Moore, repleto de obras de conteúdo controverso, como "Capitalism: A Love Story" (2009) e "Where to Invade Next" (2015), destaca-se "Fahrenheit 9/11" (2004), que se converteu no documentário com maior êxito da história dos Estados Unidos ao obter 119,1 milhões de dólares (108,5 milhões de euros) em receitas de bilheteira.