27 Jan 2017 19:37
Realizado por Michael Curtiz, "Casablanca" é um dos mais lendários melodramas de guerra. Em 2016, ao fazer o filme "Aliados", com Brad Pitt e Marion Cotillard, Robert Zemeckis está, obviamente, a evocar essa tradição, num tom de subtil suspense que faz pensar também no seu mestre, Alfred Hitchcock.
Precisamente de Hitchcock, "Notorious/Difamação" (1946) é outro título que podemos evocar — aí encontramos Ingrid Bergman e Cary Grant, definindo um dos mais lendários pares românticos do mestre do supense.
"Hiroshima, meu Amor" (1959) surge como outra evocação possível, não esquecendo que foi um título marcante na afirmação da Nova Vaga francesa. Aliás, os temas da Segunda Guerra Mundial continuaram a ter um peso determinante na produção francesa, pelo menos até meados da década de 80: um magnífico exemplo poderá ser "O Último Metro" (1980), em que François Truffaut inventou o par Catherine Deneuve/Gérard Depardieu.
Afinal de contas, "Casablanca" definiu uma matriz, ao mesmo tempo histórica e simbólica, que foi retomada pelos mais diversos cineastas, em contextos muito diversos. Um dos exemplos que vale a pena recordar será "O Paciente Inglês", de Anthony Minghella, com Kristin Scott Thomas, Ralph Fiennes e Juliette Binoche — foi o grande vencedor dos Oscars referentes a 1996.