2 Mar 2017 17:58
Foi há apenas dez anos que o actor Michael Fassbender seu entrada no mundo do cinema, através da sua participação no filme "300", uma reinvenção visualmente espectacular de uma novela gráfica de Frank Miller — tivemo-lo a fechar 2016 com "A Luz entre Oceanos". Isto sem esquecer que já foi nomeado duas vezes para os Oscars, primeiro em 2014 como melhor secundário em "12 Anos Escravo", depois, já este ano, interpretando o mago da Apple em "Steve Jobs".
Michael Fassbender é um actor de infinitas transfigurações — dos comportamentos mais exuberantes às emoções mais secretas, ele é capaz de percorrer todas as nuances do factor humano. Em 2008/2009, por exemplo, vimo-lo a assumir a figura do irlandês Bobby Sands, activista do IRA, no filme "Fome", de Steve McQueen. E vimo-lo também numa versão sarcástica das clássicas aventuras de guerra, sob a direcção de Quentin Tarantino, em "Sacanas sem Lei" .
De todos os papéis de Michael Fassbender, vale a pena destacar um muito especial que é também, creio, dos menos conhecidos. Aconteceu em 2011, sob a direcção de David Cronenberg, num filme, "Um Método Perigoso", que arriscava colocar em cena as relações de trabalho entre Sigmund Freud e Carl Jung — Viggo Mortensen assumia a personagem de Freud, enquanto Jung estava a cargo de Fassbender.
Paradoxal ou não, a situação de Michael Fassbender deve-se a uma evolução fulgurante. Nascido na Alemanha, em 1977, educado na Irlanda, a sua carreira começou na televisão, mas acabou por se virar decisivamente para Hollywood a partir do momento em que começou a integrar o elenco de "X-Men". Em 2017, surgirá nos novos filmes de Ridley Scott e Terrence Malick — notável actor, ele é também uma das grandes estrelas globais deste nosso século XXI.