Meryl Streep, Steven Spielberg e Tom Hanks — rodagem de

3 Mar 2018 23:21

Steven Spielberg tem a sua mais recente realização, "The Post" (sobre a publicação dos célebres Pentagon Papers pelo jornal "The Washington Post", em 1971), entre os nomeados para o Oscar de melhor filme de 2017; o filme obteve ainda uma outra nomeação, para Meryl Streep, como melhor actriz, ficando o próprio Spielberg de fora. É um dos nomes "marginais" desta cerimónia — vale a pena lembrar alguns deles.

* STEVEN SPIELBERG — Escusado será dizer que o realizador oscarizado por "A Lista de Schindler" (1993) e "O Resgate do Soldado Ryan" (1998) não necessita dos prémios da Academia de Hollywood para consolidar o seu estatuto. Em todo o caso, registe-se o insólito: a sua visão pessoalíssima expressa em "The Post", muito elaborada do ponto de vista dramático, não lhe deu "direito" a uma nomeação para o Oscar de realização.
* TIMOTHÉE CHALAMET — Parece pacífico dizer-se que o jovem Chalamet não entra como favorito na corrida para o Oscar de melhor actor. Em todo o caso, a sua simples presença nessa categoria envolve uma dimensão simbólica que importa não escamotear: num tempo (cinematográfico e mediático) de muitos modos de formatação da "juventude", ele escapa aos estereótipos e ao seu moralismo dramático — 22 anos e um enorme talento.

* MARY J. BLIGE — A cantora de "Strength of a Woman" (álbum lançado em 2017) consegue a proeza de chegar a uma nomeação para melhor actriz secundária com a sua composição em "Mudbound – As Lamas do Mississipi", porventura um dos títulos mais esquecidos na discussão em curso sobre os modos de figuração dos afro-americanos. Além do mais, interpreta o tema "Mighty River", da banda sonora do filme, nomeado na categoria de melhor canção [lyric video].




* DANIEL DAY-LEWIS —
Será possível convencê-lo a não abandonar a carreira de actor? Nomeado para melhor actor pela sua performance em "Linha Fantasma", de Paul Thomas Anderson, ele simboliza como poucos a persistência de uma verdade humana — do corpo, da voz, do estar em frente a uma câmara de filmar — que mantém uma ligação directa e visceral com o mais nobre classicismo. Se ele ganhasse o Oscar (e seria o quarto), eis o mais belo golpe de… teatro.

* JOHN WILLIAMS — Que liga filmes como "Tubarão" (Steven Spielberg, 1975), "Intriga em Família" (Alfred Hitchcock, 1976), "O Turista Acidental" (Lawrence Kasdan, 1988), "JFK" (Oliver Stone, 1991) e "Munique" (Steven Spielberg, 2005)? Pois bem, todos têm bandas sonoras originais assinadas por John Williams. É a pessoa viva com maior número de nomeações: 51 (apenas superado por Walt Disney, que obteve 59). Este ano, a 51ª resultou do seu trabalho em "Star Wars: Os Último Jedi" [video: John Williams ensaiando a música de abertura do filme nos estúdios Sony, em Los Angeles].

  • cinemaxeditor
  • 3 Mar 2018 23:21

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