O mundo de

8 Jun 2018 15:44

Autor de títulos como “Um Peixe Fora de Água” (2004), “Moonrise Kingdom” (2012) ou “Grand Budapest Hotel” (2014), o americano Wes Anderson é um cineasta desconcertante, fascinante, sempre à beira do inclassificável. E com um gosto especial pela animação com pequenas figurinhas tratadas pela técnica de “stop-motion”. Assim aconteceu em 2018 com “Ilha dos Cães”; assim tinha já acontecido, em 2009, com “O Fantástico Sr. Raposo” (título nunca lançado nas salas portuguesas).

A música de “O Fantástico Sr. Raposo” tem o toque mágico do francês Alexandre Desplat, aliás colaborador regular de Wes Anderson. O seu tom brincalhão e poético serve às mil maravilhas para definir os ambientes da história do Sr. Raposo e sua esposa; no original, Mr. Fox e Mrs. Fox — vejam, aliás, escutem e adivinhem de quem são as respectivas vozes.



É verdade: George Clooney é Mr. Fox, Meryl Streep é Mrs. Fox — e o seu idílio desemboca numa canção dos Beach Boys. Assim é a história de Wes Anderson. Ou seja: as aventuras e desventuras de um casal de raposas que vivem uma odisseia de invenção e reinvenção da vida rural, devidamente acompanhados por canções mais ou menos nostálgicas.

Num certo sentido, este é, realmente, um cinema musical: pelo artifício visual, pela elegância da narrativa, pelo gosto da parábola. Na banda sonora de “O Fantástico Sr. Raposo”, além de Alexandre Desplat, além dos Beach Boys, encontramos a música de Mozart, também um tema de um grande compositor do cinema, Georges Delerue — e para completar o ambiente nem sequer falta “Street Fighting Man”, que é como quem diz, os Rolling Stones.

  • cinemaxeditor
  • 8 Jun 2018 15:44

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