31 Ago 2018 15:28
Dois anos depois da apresentação de "La La Land" na sessão de abertura, a dupla Damien Chazelle e Ryan Gosling regressou ao Festival de Veneza com "Primeiro Homem na Lua".
Damien Chazelle procura mostrar mais do que vimos sobre a chegada de Neil Armstrong à lua. Reconstitui as diversas etapas, os falhanços e os sucessos das sucessivas missões, a pressão política e pública, e coloca o espectador perante a perspetiva dos astronautas nos diferentes testes e voos que efetuaram.
O filme vai preenchendo as etapas que desconhecemos até ao desfecho da quinta missão da Apollo 11. Leva-nos até lá propondo uma visualização da lua e uma encenação dramática da forma como Neil Armstrong viveu aquele momento. Esta conclsão é um pequeno passo para um filme que não atinge uma escala metafísica nem emocional.
Fazendo justiça ao título, este é um filme biográfico que tem a capacidade de mostrar o protagonista de um feito extraordinário como um homem ressentido por razões familiares e humilde na forma como assume as diferentes etapas do seu percurso, desde piloto de testes até ser escolhido para comandar a missão final.
Além disso confirma que Damien Chazelle consegue adequar-se aos diferentes filmes que faz – "Primeiro Homem na Lua" é menos enérgico do que "Whiplash – Nos Limites" e não tem o empolgamento de "La La Land: Melodia de Amor", mas isso não impede que enriqueça uma etapa da história de uma forma cinematográfica e dramática muito correta.
Deverá encontrar o seu espaço na próxima temporada de prémios até porque, oportunamente, o filme assinala o centenário da chegada à lua que é celebrado em 20 julho de 2019.