11 Out 2019 17:24
A história moderna dos super-heróis começou em 1978, com o “Superman” interpretado por Christopher Reeve. Agora, o fabuloso “Joker”, com Joaquin Phoenix, não pode deixar de nos remeter para as peripécias dessa história. É bem verdade que este “Joker” poderá ser definido como uma das excepções que confirma a regra, mas é um facto que, para o melhor ou para o pior, o universo do Joker — que é como quem diz: o mundo de Batman — é um capítulo fundamental dessa história. Regressando às origens, lembremos, por isso, o “Batman” de 1989.
O Joker de 1989 tinha tanto de provocação como de vertigem. Que é como quem diz: numa das suas composições mais delirantes, e também mais controladas, Jack Nicholson emprestava à personagem maligna, eterno rival de Batman, um misto de sarcasmo e crueldade. E, como é óbvio, não era por acaso que neste contexto, os fora da lei estavam inquietos com as histórias que se contavam do Homem-Morcego.
“Eu sou Batman”, dizia o regressado herói — depois das séries televisivas e dos filmes dos anos 60, a primeira encarnação de Batman pertenceu a um actor por certo inesperado, mas absolutamente eficaz: Michael Keaton. E convém não esquecer que entre as proezas desta super-produção estava uma fabulosa colecção de canções — acontece que a banda sonora tem assinatura de Prince.
Resta formular a pergunta de algibeira. Ou seja: com chancela dos estúdios Warner, quem foi que reuniu todos estes talentos, conferindo-lhes a consistência e o impacto de um grande espectáculo? Pois bem, alguém que nessa década de 80 já realizara coisas como “A Grande Aventura de Pee Wee” e “Os Fantasmas Divertem-se", e que tinha (e tem) uma visão inovadora e experimental: o sr. Tim Burton. Depois, muita coisa aconteceu no universo de Batman, do muito bom ao muito mau, mas convenhamos que as imagens de 1989 persistem na nossa memória.