26 Jul 2020 0:25
Continuam as incertezas, isto é, as alterações no calendário de estreias das grandes produções dos estúdios norte-americanos. No caso de "Mulan", a versão com actores de um grande sucesso dos desenhos animados, a Disney decidiu mesmo adiar indefinidamente o seu agendamento.
Entretanto, também a Paramount tomou medidas drásticas em relação àquele que seria, por certo, o seu maior trunfo comercial para 2020: "Top Gun: Maverick", sequela de "Top Gun" (1986), de novo com Tom Cruise, agora ao lado de Jennifer Connelly, marcado para 23 de Dezembro do ano corrente, só deverá chegar às salas a 1 de Julho de 2021.
"A Quite Place – Part II", sequela de "Um Lugar Silencioso" (2018), outra produção da Paramount, já não estreia no próximo dia 4 de Setembro, estando agora marcada para 23 de Abril de 2021.
Escusado será dizer que estas mudanças terão reflexos muito directos em todos os mercados internacionais, em particular nas empresas de distribuição que trabalham maioritariamente com a produção dos EUA. A gravidade da situação de pandemia nos EUA, sobretudo em zonas como Nova Iorque ou Los Angeles (essenciais no mercado interno), torna impossível prever quando, e de que modo, a situação poderá reencontrar alguma forma de equilíbrio.
No caso da Disney, os lançamentos de títulos decisivos na sua estratégia de distribuição, incluindo as sequelas de "Avatar" e "Star Wars", serão adiados, no mínimo, um ano. Entretanto, a Warner Bros. já tinha retirado "Tenet", de Christopher Nolan, do seu calendário americano, admitindo a hipótese de começar a colocar o filme em mercados com menos problemas na reabertura das salas, incluindo alguns países europeus.