28 Nov 2024
Uma retrospetiva dedicada à realizadora Alice Rohrwacher, uma exposição do artista norte-americano Tony Cokes e o regresso das matinés do Cineclube do Porto são alguns dos destaques da programação do cinema Batalha, para dezembro e janeiro.
O Batalha – Centro de Cinema, no Porto, entra em dezembro com o ciclo “Mitologias: Lugares Sagrados, Tempos Míticos”, mais de uma dezena de filmes, entre os quais o western “Cavalgada Heróica” (1939), de John Ford, “O Navio” (1983), de Fellini, e “Veredas” (1978), de João César Monteiro.
Ainda em dezembro, o Batalha associa-se ao centenário do nascimento do poeta Alexandre O’Neill com a exibição de “Um filme em forma de assim” (2022), de João Botelho, além de uma conversa com o realizador e leitura de poemas.
A 21 de dezembro, Hugo van der Ding e Martim Sousa Tavares farão um espetáculo com dobragem de vozes ao vivo “a um conjunto de filmes de arquivo sobre o Natal resgatados do baú”.
Um dos destaques dos próximos meses no Batalha é a retrospetiva do cinema da realizadora italiana Alice Rohrwacher, que se celebrizou “por uma obra muitas vezes centrada na infância e adolescência, que explora a ancestralidade, navegando entre a história e o mito, o rural e o moderno”.
Entre os primeiros filmes deste ciclo, que se estenderá por fevereiro, estão “Corpo Celeste” (2011) e “O país das maravilhas” (2014).
O Batalha – Centro de Cinema prossegue ainda o “retomar uma ligação histórica” com o Cineclube do Porto, que remonta os anos 1940 e recupera quinzenalmente, aos domingos, as matinés com “sessões dedicadas a momentos-chave da vida e prática do mais antigo cineclube português no ativo”.
Na sessão a 8 de dezembro, passa o filme “Os domingos de Cybele” (1962), de Serge Bourguignon, premiados nos Óscares, sobre a amizade entre um veterano de guerra e uma criança órfã.
Os espaços do Batalha serão palco também para a primeira exposição a solo em Portugal do artista norte-americano Tony Cokes.
“Os seus filmes e instalações propõem uma semântica visual única e sonicamente poderosa, baseada em textos e mensagens que refletem sobre capitalismo, colonialidade, consumo e outros sistemas de poder”, sublinha a sala de cinema, que acolherá uma peça inédita de Tony Cokes criada para a exposição no Porto.