2 Abr 2015 23:06
No Brasil, o Globo, anuncia a morte do cineasta português Manoel de Oliveira, aos 106 anos e destaca os mais de 30 filmes no currículo em 90 anos de carreira. Relembra também a sua carreira como piloto de automóveis, razão para a primeira visita ao outro lado do atlântico, em 1938, para competir no circuito da Gávea, no Rio de Janeiro. Do cineasta, a publicação brasileira destaca a aversão pela técnica e o amor pelos ritmos lentos.
O Le Monde, francês, titula que "Com a morte de Oliveira, o cinema perdeu o seu decano". O crítico de cinema do jornal francês, Jacques Mandelbaum, diz de Oliveira que era "um imenso artista", "anti-hollywoodiano radical" e "franco-atirador" da modernidade cinematográfica. E acrescenta: "nada é simples com Manoel de Oliveira, que sempre tentou surpreender, variando em géneros e abordagens com uma liberdade desconcertante."
Em Itália, no site do La Stampa, lê-se: "Morreu o realizador português Manoel de Oliveira". A publicação chama ainda a atenção para a curta metragem ‘O Velho do Restelo’, exibida no Festival de Veneza de 2014 e considera a obra de Oliveira "um legado artístico único".
O britânico The Guardian, noticia: "Morreu Manoel de Oliveira, lendário realizador português, aos 106 anos". O crítico de cinema Peter Bradshaw saúda o realizador português que "nunca deixou de perseguir ideias".
Em Espanha, o El Pais fala da morte do "mítico cineasta com 90 anos de carreira", relembra a longa cinematografia do realizador e cita-o a propósito da sua visão única da sétima arte.
Nos Estados Unidos, as duas maiores publicações sobre cinema, o Variety e o The Hollywood Reporter, noticiam a morte no mesmo tom, chamando a atenção para a longevidade de Oliveira e passando em revista a sua cinematografia.