14 Nov 2022 16:20
De acordo com a NOS Audiovisuais, num comunicado hoje divulgado, o filme que conta "a história do homem que sonhou pintar o futuro e o seu grande amor por Lucie, a mulher que lutou pela eternidade, terá a sua estreia a 26 de janeiro."
A estreia do filme, produzido pela Ukbar Filmes, esteve inicialmente prevista para 2020, mas acabou adiada devido à pandemia da covid-19.
"Amadeo" é protagonizado pelo ator Rafael Morais, à frente de um elenco que conta ainda com Ana Lopes como Lucie Pecetto, a mulher do pintor, e ainda José Neves enquanto Almada Negreiros, Carla Chambel como Sarah Affonso, João Cachola como Modigliani, e ainda Ana Vilela da Costa, José Pimentão, Lúcia Moniz, Manuela Couto, Mariana Pacheco, Rogério Samora (que morreu em dezembro de 2021) e Eunice Muñoz (que morreu em abril deste ano).
A rodagem decorreu no final de 2019, com filmagens em Lisboa, Óbidos, Sintra e Caldas da Rainha.
Antes da rodagem, em declarações à Lusa, Vicente Alves do Ó, que voltou a fazer um filme biográfico depois de "Florbela" (2012) e "Al Berto" (2017), explicou que a abordagem em "Amadeo" será como "montar um puzzle, mais imagético do que literário", inspirado na época e na obra do pintor e baseado em acontecimentos ocorridos entre 1911 e 1918, entre Paris, Manhufe e Espinho.
De acordo com o realizador, são recriados momentos como aquele em que Amadeo de Souza-Cardoso apresentou os primeiros trabalhos no atelier em Paris em 1911, mas também a relação com os artistas Robert e Sonia Delaunay, a exposição no Salão de Festas do Jardim Passos Manuel, no Porto em 1916, e o período que antecede a morte em 1918, aos 30 anos.
"Amadeo" teve um orçamento superior a um milhão de euros, apoio do Instituto do Cinema e Audiovisual, RTP, do Fundo de Turismo e Cinema e da Fundação Calouste Gulbenkian.
Amadeo de Souza-Cardoso nasceu em Manhufe, Amarante, em 14 de novembro de 1887, estudou Arquitetura na Academia de Belas-Artes de Lisboa antes de viajar até Paris, em 1906.
Na capital francesa, conheceu e conviveu com várias figuras fundamentais da arte do século XX, com particular destaque para Modigliani. Expôs nos EUA, em 1913, ao lado de nomes como Braque, Matisse, Duchamp e Gleizes, como recorda a biografia disponível na página da Gulbenkian.
Amadeo de Souza-Cardoso morreu, em Espinho, em 1918.