Cinco filmes portugueses no Festival de Roterdão
“A Providência e a Guitarra”, de João Nicolau vai abrir o festival que decorre em janeiro nos Países Baixos e onde também vai estar "Projeto Global", de Ivo M. Ferreira, Três outras produções portuguesas integram o programa de médias e curtas-metragens.
O filme “A Providência e a Guitarra”, de João Nicolau, vai abrir o Festival Internacional de Cinema de Roterdão, em janeiro nos Países Baixos, e “Projeto Global”, de Ivo M. Ferreira, integra a competição, revelou hoje a organização.
“A Providência e a Guitarra”, que será exibido em Roterdão em estreia mundial e fora de competição, parte de um conto do escritor Robert Louis Stevenson e é interpretado por Pedro Inês, Clara Riedenstein, Isac Graça, Jenna Thiam, Américo Silva e pelo músico Salvador Sobral.
Rodado no verão de 2024, o filme é apresentado como “um mergulho nas agruras e deleites da vida artística e uma exploração das suas consequências” nas relações conjugais e sociais, e assinala a estreia de Salvador Sobral no cinema.
Igualmente em Roterdão, na competição “Big Screen”, a longa-metragem “Projeto Global”, de Ivo M. Ferreira, cuja narrativa está “ancorada no início dos anos 1980, altura em que Portugal foi palco de atentados e assaltos perpetrados pelas Forças Populares 25 de Abril (FP-25)”. O projeto de Ivo M. Ferreira, descrito pelo festival como um thriller político “ambientado nos anos turbulentos depois da ‘Revolução dos Cravos'”, integra Jani Zhao, Rodrigo Tomás, José Pimentão, Gonçalo Waddington, Isac Graça, João Catarré, Ivo Canelas, Hugo Bentes, Isabél Zuaa, e dará origem a uma série para a RTP.
No programa para curtas e médias-metragens, estarão ainda as curtas-metragens “O”, da atriz e realizadora Francisca Alarcão, uma ficção experimental sobre aversão a umbigos, e “Computadora”, da artista visual Alice dos Reis, que “entrelaça história e ficção numa narrativa divertida sobre a perspetiva feminina e a autodeterminação”, descreve o festival.
Fora de competição e em estreia internacional apresentar-se-á igualmente a realizadora Margarida Paias com uma primeira obra, a curta-metragem “Rui Carlos”, ambientada nos anos 1980 e que conta a história de um grupo de rapazes que aproveitam o tempo livre no verão entre jogos de futebol e brincadeiras.
Em termos de coproduções minoritárias de Portugal, Roterdão contará com os filmes “Lone Samurai”, de Josh C. Waller, “Domestic Deamon”, de Anahid Yahjian, e “Statues also die?”, de Thais Fernandes.
Na secção competitiva Tiger estão também os filmes “O Profeta”, do realizador moçambicano Ique Langa, e “Meu Semba”, produção angolana de Hugo Salvaterra.
O 55.º Festival de Cinema de Roterdão decorrerá de 29 de janeiro a 8 de fevereiro nos Países Baixos.