

“Cutting Through Rocks” é a melhor longa-metragem internacional do MDOC25
O principal prémio para o cinema português foi entregue a Cláudia Varejão por "Kora".
Já são conhecidos os vencedores da 11.ª edição do MDOC – Festival Internacional de Documentário de Melgaço que decorreu de 28 de julho a 3 de agosto.
O prémio Jean-Loup Passek para Melhor Longa-metragem Internacional foi atribuído a “Cutting Through Rocks” de Sara Khaki e Mohammadreza Eyni, um filme sobre Sara Shahverdi, a primeira vereadora eleita de uma aldeia iraniana, que tenta quebrar as tradições patriarcais ao ensinar raparigas adolescentes a andar de mota e acabar com casamentos infantis.
Na mesma categoria foi atribuída uma Menção Honrosa a “Afterwar” (Dinamarca) de Birgitte Stærmose, um projeto filmado ao longo de 15 anos que acompanhou um grupo de crianças entre 2008-2018, desde o tempo em que vendiam cigarros e amendoins nas ruas de Pristina até à sua vida adulta. Uma narrativa coletiva sobre um dos mais negros capítulos da história contemporânea da Europa – a guerra no Kosovo.
O prémio para a Melhor Curta ou Média-metragem Internacional foi atribuída a “AL BASATEEN”, de Antoine Chapon. Já “Kora” de Cláudia Varejão conquistou o prémio de Melhor Documentário Português, com um olhar íntimo sobre mulheres refugiadas a viver em Portugal.
O júri oficial da edição 2025 do MDOC — Festival Internacional de Documentário de Melgaço foi composto por Jurek Sehrt, Noé Mendelle, Paulo Portugal, Renata Ferraz e Sandra Ruesga.
O FIPRESCI Prize concedido por críticos de cinema da Federação Internacional da Imprensa Cinematográfica foi para o filme “My Memory is Full of Ghosts” de Anas Zawahri, uma elegia visual comovente sobre o absurdo da guerra. O mesmo filme conquistou também o Prémio da IFFS – Federação Internacional de Cineclubes.
“Beneath Which Rivers Flow” de Ali Yahya venceu o prémio de Melhor Curta-metragem.
Entre 28 de julho e 3 de agosto, o júri teve a oportunidade de apreciar 16 curtas e médias-metragens e 17 longas-metragens em competição para os prémios Jean-Loup Passek, D. Quixote (FICC) e, pela primeira vez, ao FIPRESCI Prize, atribuído pela Federação Internacional de Críticos de Cinema.
A edição 2025 do MDOC contou com mais de 4 500 espetadores.