19 Jun 2020 16:20

Na sua 18ª edição, o Doclisboa irá mostrar uma retrospectiva dedicada ao cinema georgiano, abordando a produção cinematográfica daquele país desde os anos 20 até à actualidade, revelou hoje a organização.

A retrospetiva integra o primeiro dos seis módulos em que se divide a edição deste ano do festival e decorre de 22 de Outubro a 1 de Novembro na Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema.

O programa conta restauros recentes de filmes de autores como Mikhail Kalatozov, ou Serguei Paradjanov, entre outros, assim como de Otar Iosseliani, ou Lana Gogoberidze e outros cineastas contemporâneos. Um processo de preservação que resulta do acordo entre Geórgia e Rússia para o regresso a Tbilisi do património cinematográfico georgiano do período soviético, promovido e organizado pelo Centro Nacional do Cinema Georgiano. A retrospectiva, com curadoria de Marcelo Félix, explora a variedade e complexidade do cinema deste país desde o cinema mudo até ao novo folêgo de produção dos a partir de 2010.

Perto de celebrar três décadas de independência, a Geórgia foi sempre, na sua longa existência, marcada pela diversidade humana e cultural. Esta especificidade georgiana culmina num cinema alicerçado numa tradição de relevância social e artística.

O programa do Doclisboa propõe uma apresentação das expressões artísticas e preocupações temáticas mais diversas, desde explorações surrealistas, representações líricas das montanhas do Cáucaso, a estudos sociais neo-realistas e redescobrir filmes surpreendentes como ‘A Minha Avó’ (1929), sátira do actor-realizador Kote Mikaberidze à burocracia do jovem estado soviético, ou ‘Alaverdoba’; (1962), libelo anti-religioso de Guiorgui Chenguelaia.

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  • 19 Jun 2020 16:20

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