2 Fev 2016 12:47
O júri do Festival de Cannes este ano vai ser presidido pela primeira vez por australiano: o cineasta George Miller, realizador da famosa saga "Mad Max", sucede aos irmãos Coen na tarefa de gerir os jurados que vão atribuir a Palma de Ouro.
George Miller é autor de um cinema popular, espetacular e muito diversificado. Realizou "As Bruxas de Eastwick", o filme de animação "Happy Feet", com o qual ganhou o Óscar, e mais redcentemente relançopu a série que o tornou famoso com "Mad Max: Estrada da Fúria"
"Que enorme prazer! Estar no coração deste festival cheio de história e que revela as jóias do cinema mundial, e debater apaixonadamente com os meus colegas do júri é uma grande honra. Eu não perderia por nada deste mundo!" disse George Miller em comunicado.
Miller, realizador, argumentista e produtor, faz parte de uma geração de cineastas australianos que surgiram na década de 80, como Peter Weir ("Clube dos Poetas Mortos", "Truman Show") ou Bruce Beresford ("Conduzindo Miss Daisy").
A sua carreira ganhou projeção internacional em 1979 com "Mad Max: As Motos da Morte", onde lançou Mel Gibson, um ator desconhecido na época. O filme integra elementos do road movie, western e ficção científica, e tornou-se num sucesso mundial.
Seguiram-se "Mad Max 2: O Guerreiro da Estrada" (1981) e "Mad Max 3: Para Além da Cúpula do Trovão" (1985). Trinta anos depois relançou a saga com "Mad Max: Estrada da Fúria" (2015), que foi apresentado no ano passado na seleção oficial do Festival de Cannes.
Porcos e pinguins: Miller no reino infantil
A quarta parcela da saga, com o ator britânico Tom Hardy no papel de vigilante estrada Max Rockatansky – interpretado por Mel Gibson nos três primeiros filmes -, tornou-se num sucesso e recebeu uma boa receção da crítica.
"Mad Max: Estrada da Fúria" foi nomeado para dez Óscares, incluindo melhor filme e melhor realizador
Além da série "Mad Max" George Miller experimentou outros géneros.
Realizou a comédia fantasista "As Bruxas de Eastwick" (1987), com Jack Nicholson, Cher, Susan Sarandon e Michelle Pfeiffer, e o drama intimista "Ato de Amor" (1992), com Nick Nolte, Susan Sarandon e Peter Ustinov.
Em seguida, produziu e escreveu "Um Porquinho Chamado Babe" (1995), um filme de animação que combionou imagens reais e digitais. O filme foi nomeado para diversos Óscares, mas Miller só receberia o prémio com "Happy Feet" (2007), um filme de animação sobre pinguins.
O festival de Cannes decorrerá entre 11 e 22 de maio.