01 Set 2023
A próxima cerimónia dos Globos de Ouro terá lugar a 7 de janeiro, anunciaram quinta-feira os organizadores, cuja imagem foi manchada nos últimos anos por acusações de corrupção e racismo.
As nomeações serão “reveladas na segunda-feira, 11 de dezembro”, acrescentaram num comunicado.
Estes prémios de cinema e televisão foram durante muito tempo considerados os mais prestigiados nos EUA depois dos Óscares. Perderam um pouco do seu brilho em 2021, quando o Los Angeles Times revelou os bastidores pouco dignos da Associação da Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA), que formava o seu júri.
O diário sublinhou, nomeadamente, que, na altura, a organização não tinha elementos negros e explica como os votantes aceitavam sumptuosas ofertas dos estúdios.
Em 2022, os Globos de Ouro foram rejeitados pela cúpula de Hollywood e privados da transmissão televisiva. Desde então, lançaram uma série de reformas para atrair eleitores mais diversificados e acabar com os lapsos éticos.
Em 2023, os prémios regressaram à televisão e, apesar de algumas ausências, o número de estrelas presentes na passadeira vermelha – de Steven Spielberg a Michelle Yeoh e Brad Pitt – sugeria que Hollywood estava pronta para virar a página.
No entanto, a cerimónia registou a pior audiência de sempre, com apenas 6,3 milhões de espectadores.
No âmbito da reforma, os Globos de Ouro foram comprados por investidores privados e a HFPA vai desaparecer.
Quinta-feira, a nova organização anunciou também a formação de um comité de direção “responsável pela seleção, ratificação e acreditação dos jornalistas como membros votantes” do júri dos Globos de Ouro.
O comité de nove membros “assegurará a aplicação de normas e práticas rigorosas no seio do órgão de votação”, prometeram.
Entre os seus membros encontra-se Tim Gray, um dos principais jornalistas da influente revista Variety, que foi nomeado vice-presidente dos Globos de Ouro.