23 Ago 2017 23:28
É bem verdade que continuamos a olhar Tom Hanks como uma espécie de símbolo de eterna energia e juventude, mas a verdade é que já se passaram muitos anos desde que muitos de nós o descobrimos na comédia "Big", dirigida por Penny Marshall — foi em 1989 e o filme valeu-lhe uma primeira nomeação para o Oscar de melhor actor. Depois, a construção da sua popularidade é indissociável de duas comédias românticas, ambas dirigidas por Nora Ephron, ambas contracenando com Meg Ryan — "Sintonia de Amor" (1993) e "Você Tem uma Mensagem" (1998).
Será curioso lembrar que a comédia mais ou menos romântica também não tem sido estranha às opções de Tom Hanks enquanto realizador de filmes. Não é muito conhecido o seu trabalho nesse domínio. E é pena — desde logo porque Tom Hanks se estreou como director de uma longa-metragem, em 1996, encenando a vida atribulada de uma banda rock da Pensilvânea, em meados dos anos 60. Chamava-se "Tudo por um Sonho" [trailer].
O trabalho de Tom Hanks como cineasta é, afinal, uma derivação da sua longa filmografia também como produtor. Por exemplo, em 2001, aliado ao seu amigo Steven Spielberg, foi ele que esteve na origem da série "Irmãos de Armas", sobre a Segunda Guerra Mundial. Mais recentemente, em 2014, Tom Hanks produziu "Olive Kitteridge", notável mini-série protagonizada por Frances McDormand em que havia uma cantora interpretada por Martha Wainwrigth.
Tom Hanks já foi nomeado cinco vezes para o Oscar de melhor actor, tendo ganho com dois filmes que já entraram para a lista dos clássicos, por assim dizer, dos clássicos modernos de Hollywood — são eles "Filadélfia", de 1993, um dos primeiros filmes a abordar os temas relacionados com a sida; e "Forrest Gump", 1994, uma fábula sobre a descoberta da própria identidade.