30 Mar 2018 19:04
A edição 2018 do IndieLisboa propõe 245 filmes (82 longas e 164 curtas-metragens) para ver em 11 dias nas salas da Cinemateca Portuguesa, Cinema Ideal e Cinema São Jorge, em Lisboa. Além das habituais secções competitivas, programações temáticas, eventos especiais, debates e masterclasses, festas e concertos e uma selecção especialmente dedicada aos mais novos, estão programadas duas retrospectivas dedicadas a Lucrecia Martel e Jacques Rozier.
Da Competição Internacional, que acolhe primeiras, segundas e terceiras obras nunca antes mostradas publicamente em Portugal, finalizadas no ano em que decorre o festival ou no ano anterior e onde cabem longas e curtas metragens, em programas separados, fazem parte os seguintes filmes:
Longas metragens
An Elephant Sitting Still, de Hu Bo
Baronesa, de Juliana Antunes
El día que resistía, de Alessia Chiesa
Il risoluto, de Giovanni Donfrancesco
Lembro Mais dos Corvos, de Gustavo Vinagre
Les garçons sauvages, de Bertrand Mandico
Person to Person, de Dustin Guy Defa
Pororoca, de Constantin Popescu
The Image You Missed, de Donal Foreman
Three Quarters, de Ilian Metev
Curtas metragens
(Fool Time) JOB, de Gilles Cuvelier
A Gentle Night, de Qiu Yang
A Love Letter to the One I Made Up, de Rachel Gutgarts
Afternoon Clouds, de Payal Kapadia
Amor, Avenidas Novas, de Duarte Coimbra
Anina, de Alkaios Spyrou
Area 51, Nevada, USA, Annabelle Amoros
Arr. for a Scene, de Jonna Kina
Beetle Trouble, de Gabriel Böhmer
Coqueluche, de Aurélien Peyre
Dansons maintenant, de Mathilde Buy
Déjalo ser, de Txema Novelo
Doei, de Pien van Grinsven
Eight Images from the Life of Nastya Sokolova, de Alina Kotova e Vladlena Sandu
El cielo de los animales, de Juan Renau
Enough, de Anna Mantzaris
Evidence of the Evidence, de Alexander Johnston
Gros chagrin, de Céline Devaux
Have Heart, de Will Anderson
Histórias de Lobos, de Agnes Meng
Matria, de Álvaro Gago
Moulinet, de Sander Joon
Prends mon poing, de Sarah Al Atassi
Rabbit’s Blood, de Sarina Nihei
Snow White, de Thadeusz Tischbein
Solar Walk, de Réka Bucsi
Standing Nymph and Man, de Milad Hosseini-Mozari
The Good Education, de Gu Yu
The Men Behind the Wall, de Inés Moldavsky
The Splintering Sun, de Rossella Nisio
Trajectory Drift, de Iván Castiñeiras
Tremors, de Dawid Bodzak
Vando Vulgo Vedita, de Leonardo Mouramateus e Andreia Pires
Já a secção Silvestre inclui alguns dos nomes que fizeram a história nos 15 anos do IndieLisboa e integram a secção Silvestre do Indie Lisboa.
Radu Jude debruça-se, em "Tara Moarta", sobre o anti-semitismo na Roménia dos anos 30 e 40 e a crueldade humana é vista sob a sua inteligente construção. Um antídoto para a tristeza poderá ser encontrado em "Le Lion est mort ce soir", de Nobuhiro Suwa, a mais doce e bela morte de Jean-Pierre Léaud no ecrã.
Regressamos ao soju é à límpida observação de Hong Sang-soo em "Grass", para escutar conversas de café que põem a nu esquemas de pensamento e de relação.
James Benning, em "Readers", dá uma nova oportunidade de apreciar o silêncio e a tranquilidade do acto de ler um livro.
Ainda nas longas metragens, fica o convite para redescobrir o cinema de Matjaz Ivanisin em "Playing Men", e de Anthea Kennedy e Ian Wiblin em "Four Parts of a Folding Screen".
Nas curtas, destacam-se "Painting with Joan", de Jack Henry Robbins, filme que ficciona a apresentação de um quadro e teorias conspirativas de extraterrestres e sexo.
"A Brief Spark Bookened by Darkness", de Brent Green, cineasta adepto de efeitos e tecnologias no meio de histórias de amor que volta a um registo de animação bonito e simples.
"Jodilerks de la Cruz, Employee Of The Month", de Carlo Francisco Manatad, estreou na Semana da Crítica de Cannes. Este realizador e montador filipino, presença habitual no IndieLisboa, volta aos seus temas habituais, e com humor apresenta a dedicada Jodilerks no seu último dia de trabalho.
"T.R.A.P" de Manque la Banca acabou de estrear em competição no Festival de Berlim. Filmado com película fora de prazo, criando um grão adicional à imagem, esta história que viaja dentro do próprio tempo é uma homenagem ao cinema livre de constrangimentos.
Em "Personal Truth", Charlie Lyne questiona a incapacidade que os humanos têm de evitar procurar culpados, e de como as aparentes realidades se transformam em verdades absolutas.