MACBETH (1948)
Na longa lista de adaptações de Shakespeare ao cinema, Orson Welles ocupa um lugar de destaque — além do mais, o seu "Macbeth" ilustra mesmo uma ideia pioneira de produção independente.
A versão de "Macbeth", assinada pelo australiano Justin Kurzel, com Michael Fassbender e Marion Cotillard, leva-nos a recordar que se trata de uma peça de Shakespeare frequentemente adaptada a cinema e televisão — e também que a mais lendária das suas versões tem assinatura de Orson Welles.
A história de Macbeth é a tragédia de um homem que decide pôr em prática a própria profecia de que foi objecto, arrebatando o trono da Escócia, depois de assassinar o seu Rei. Encenada por Orson Welles, tal tragédia vai-se instalando num espaço assombrado, muito para além de qualquer marca naturalista — em "Macbeth", o natural confunde-se com o pesadelo.
Para a história, "Macbeth" ficou como exemplo de uma encenação cinematográfica que sabe expor e, por assim dizer, materializar a vitalidade das palavras de Shakespeare. Orson Welles regressaria a Shakespeare, para fazer "Otelo", em 1952, mas o seu "Macbeth" possui o pioneirismo e a especial vitalidade de um filme feito, literalmente, fora do sistema — à sua maneira, Welles inventou também a noção de produção independente.
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