18 Ago 2016 0:25
O realizador Arthur Hiller faleceu no dia 17 de Agosto, em Los Angeles, aos 92 anos. "Love Story" (1970), com o par Ryan O’Neal/Ali MacGraw, ficou como o seu filme mais conhecido, tendo valido a Hiller uma nomeação para o Oscar de realização.
Nascido no Canadá, Hiller pertence à geração daqueles cuja prática profissional começou na televisão, tendo dirigido muitos episódios de séries como "Playhouse 90" (1956-58), "Perry Mason" (1958-60) e "Hong Kong" (1961). "Herói Precisa-se" (1964), feito a partir de um argumento de Paddy Chayefsky, com Julie Andrews no papel central, retratando os bastidores da Marinha americana, foi decisivo na sua afirmação no seio de Hollywood.
O sentido prático e o rigor de execução de Hiller, em particular na direcção de actores, transformaram-no num seguro artesão, solicitado para os géneros mais diversos. Para além de "Love Story", um caso de sério de popularidade, dirigiu filmes de guerra como "Tobruk" (1967), com Rock Hudson, comédias dramáticas como "O Hospital" (1971), ou farsas burlescas como "Por Favor Não Matem o Dentista" (1979) — este último é outros dos seus títulos mais populares, contando com a dupla Peter Falk/Alan Arkin.
Personalidade muito querida e respeitada no interior da indústria, foi presidente da Directors Guild of America (associação americana de realizadores) no período 1989-1993, assumindo depois, entre 1993 e 1997, o cargo de presidente da Academia das Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood (entidade que atribui os Oscars).
Em 2002, em reconhecimento da sua filantropia, a Academia distinguiu-o com o Prémio Humanitário Jean Hersholt — este é o registo da entrega desse prémio, com apresentação de Ali MacGraw e Ryan O’Neal.