19 Dez 2016 0:20
Foi Miss Hungria no seu país Natal, em 1936, contava 19 anos; cinco anos mais tarde, emigrou para os EUA, tornando-se um dos símbolos mais perenes do glamour de Hollywood — Zsa Zsa Gabor faleceu no dia 18 de Dezembro, em Los Angeles, aos 99 anos de idade.
Era a irmã do meio de um trio de jovens húngaras que triunfaram no entertainment americano: Magda Gabor (1915-1997), a mais velha; Eva Gabor (1919-1995), a mais nova. É certo que Zsa Zsa nunca teve um fenómeno de popularidade como o de Eva na série televisiva "Green Acres/Viver no Campo" (1965-1971); de qualquer modo, a sua condição de "figura social", de algum modo associada aos seus nove casamentos, fizeram dela um símbolo de uma ligeireza e joie de vivre que resistiram ao tempo e à passagem das modas.
O seu papel mais importante ocorreu em "Moulin Rouge" (1952), contracenando com José Ferrer, sob a direcção de John Huston — o filme ganhou dois Oscars, nas categorias de cenografia e guarda-roupa.
No cinema, surgiu em papéis mais ou menos secundários que, por vezes, ironicamente, se transformavam em participações em que assumia a sua própria figura — o mito confundia-se, literalmente, com a personagem. Entre os seus títulos mais famosos incluem-se "Lili" (1953), de Charles Walters, "A Sede do Mal" (1958), de Orson Welles, e "Pepe" (1960), de George Sidney.
Como muitos outros intérpretes cujas carreiras começaram nas décadas de 50/60, foi transferindo a maior parte da sua actividade para o espaço televisivo, participando em inúmeras séries como "The Dick Powell Show" (1963), "Bonanza" (1967) ou "The Bob Hope Show" (1968). Publicou três livros de características autobiográficas, o último o dos quais, lançado em 1991, se intitulava "One Lifetime Is Not Enough" (à letra: "Uma vida não basta").