NORMA RAE (1979)
A personagem de Norma Rae valeu a Sally Field um Oscar de melhor actriz — dirigido pelo veterano Martin Ritt, o filme ficou como um exemplo modelar da tradição de cinema social enraizada na produção de Hollywood.
"Norma Rae" surgiu como um objecto atípico no interior da produção americana de 1979. Dirigido pelo veterano Martin Ritt (1914-1990), o filme pertence ao mesmo ano de produção de coisas tão diversas como "Rocky II", "Apocalypse Now" ou "Alien – O Oitavo Passageiro". Em boa verdade, "Norma Rae" pode ser visto como um dos derradeiros exemplos de um cinema social cujas raízes estavam, afinal, nas décadas de 1930-1940.
A sua dimensão de crónica social e política, em torno das tensões no mundo do trabalho, justifica que, simbolicamente, o aproximemos do mais recente título dos irmãos Dardenne, "Dois Dias, uma Noite", com Marion Cotillard no papel central. Além do mais, "Norma Rae" é também um drama centrado numa personagem feminina: uma trabalhadora de uma fábrica de têxteis, numa cidadezinha esquecida da Carolina do Norte, que virá a revelar-se uma inesperada e enérgica líder sindical — ficou como uma das composições mais notáveis de toda a carreira de Sally Field.
Como se dizia no trailer de lançamento do filme, “esta é a história de uma mulher com coragem para arriscar tudo por aquilo que ela sabe que está correcto”. O impacto do filme acabou por se traduzir numa boa performance nos prémios da Academia de Hollywood: quatro nomeações, dois Oscars ganhos — um para Sally Field, como melhor actriz, outro na categoria de melhor canção, para “It Goes Like It Goes”, na voz de Jennifer Warnes.
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