Charlton Heston no papel de Moisés, ou a superprodução dos anos 50

10 Out 2014 19:57

Foi em 1923, portanto em pleno período mudo, que Cecil B. DeMille rodou a sua primeira versão de "Os Dez Mandamentos". Desde então, muitas (e muito diferentes) são as variações cinematográficas e televisivas sobre as histórias da Bíblia — desde a primeira versão de "Ben-Hur" (1926), de Fred Niblo, até à recente série "O Filho de Deus", com Diogo Morgado, passando por experiências singulares como "O Evangelo Segundo São Mateus" (1964), de Pier Paolo Pasolini.

Nessa galeria de obras, a versão sonora de "Os Dez Mandamentos", de novo com assinatura de Cecil B. DeMille, ocupa um lugar de destaque. Estava-se em meados da década de 50 e a máquina de produção de Hollywood tinha atingido o seu máximo grau de sofisticação durante o período clássico. Nesta perspectiva, "Os Dez Mandamentos" é um caso exemplar da grandiosidade espectacular das chamadas superproduções.
Com Charlton Heston no papel de Moisés, por certo a composição mais célebre da sua filmografia, "Os Dez Mandamentos" foi um objecto insolitamente secundarizado nos Oscars referentes a 1956 — teve sete nomeações, arrebatando apenas um prémio na categoria de melhores efeitos especiais. Para a história, o Oscar de melhor filme foi entregue a um título hoje em dia muito pouco lembrado: "A Volta ao Mundo em 80 Dias", de Michael Anderson.
  • cinemaxeditor
  • 10 Out 2014 19:57

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