25 Jul 2015 22:49
Face a mais uma sequela de "Parque Jurássico", agora chamada "Mundo Jurássico", somos inevitavelmente levados a rememorar o original. Parecendo que não, já foi há mais de duas décadas — 22 anos, para sermos exactos. Foi em 1993 que surgiu o filme "Parque Jurássico, afinal mais um objecto a partir do qual Steven Spielberg voltou a transfigurar a paisagem do grande espectáculo.
A história é conhecida. Inspira-se num “best-seller” de Michael Crichton e narra a saga de um cientista, interpretado por Richard Attenborough, que através de complexas manipulações genéticas conseguiu recriar os mais primitivos dinossauros e também outros monstros pré-históricos nem sempre muito simpáticos.
Na sua dimensão de grande filme de aventuras, "Parque Jurássico" envolve, naturalmente, um espírito ecológico muito da nossa modernidade. Ou seja: até que ponto a manipulação da natureza pode envolver algo de apocalíptico? Ao mesmo tempo, tudo isso passa por uma decisiva conquista tecnológica — que é como quem diz: a possibilidade de criar os dinossauros a partir de recursos digitais.
"Parque Jurássico" foi consagrado com três Oscars que resumem o seu contributo industrial: melhores efeitos visuais, melhor som e melhor montagem de efeitos sonoros. É bem verdade que, depois disso, com os mesmos recursos, se fez de tudo um pouco — desde espectáculos admiráveis até coisas profundamente medíocres. Em qualquer caso, o filme de Spielberg ficou como um momento charneira, separando as tecnológicas clássicas e a idade digital.