Tom Cruise contra a inteligência artificial

Os fãs de acrobacias vão ter uma surpresa com o sétimo “Missão: Impossível”, que chega aos cinemas na quarta-feira, e no qual Tom Cruise enfrenta uma inteligência artificial fora de controlo.

Decorridos 27 anos desde o primeiro filme, “Missão: Impossível: Ajuste de Contas”, que foi rodado nos quatro cantos do mundo, é o primeiro da saga a ter dois capítulos: o primeiro chega aos cinemas a 12 de julho e o segundo, já rodado, estreia no próximo verão.

A primeira parte, por si só, tem uma duração recorde de 2h43, confirmando a tendência para o aumento na duração das grandes produções americanas, como o recente “John Wick: Capítulo 4” e as suas 2h50, ou “Avatar: O Caminho da Água”, que ultrapassou largamente as 3h00.

Para mérito de “M:I 7”, não há tempos mortos: dos canais de Veneza aos picos das montanhas, passando por Roma e pelo Abu Dhabi, Ethan Hunt (Tom Cruise) faz uma perseguição atrás da outra (incluindo uma ao volante de um Fiat 500 elétrico) e executa uma sucessão de acrobacias. E, sinal dos tempos, confronta-se com uma inteligência artificial que se tornou tão descontrolada que ameaça a humanidade.

Adepto das acrobacias feitas por ele próprio, sempre que possível sem recurso a efeitos especiais, o ator de 61 anos manifesta gosto evidente por uma das sequências mais arriscadas que já filmou: o salto de mota de um penhasco de 1200 metros de altura, em queda livre culminando numa abertura de para-quedas a apenas 150 metros do solo. Cruise obrigou-se a fazer sete takes.

No filme, Ethan Hunt está rodeado pela equipa habitual, o hacker Luther (Ving Rhames) e o seu comparsa Benji (Simon Pegg), a que se junta uma estreante, Grace.

“Treinei durante cinco meses antes de começar a filmar”, explica a atriz que a interpreta, Hayley Atwell, em entrevista à AFP. “Lembro-me de uma cena em que estávamos num comboio, em posição vertical”.

No clímax do filme, a cena é filmada num comboio a vapor num viaduto estreito, parte do qual acabou de ruir. Ethan Hunt e Grace agarram-se à última carruagem, suspensos sobre o vazio.

“Tivemos de passar de uma carruagem de comboio horizontal para uma posição vertical em seis segundos. Acho que tivemos de o fazer cinco ou seis vezes. Tivemos de repetir tudo”, conta, explicando que, exausta, só conseguiu terminar a cena quando Tom Cruise lhe ofereceu… chocolate!

“Conheço o Tom há 17 anos e acho que não conseguiria fazer o que ele faz. Ele treina tanto que arrisca literalmente a vida” para os seus filmes, disse Simon Pegg à AFP.

Com o falhanço de alguns potenciais sucessos deste verão, o sétimo “Missão: Impossível” é visto como o salvador da temporada. Os filmes da franquia são dos mais lucrativos de sempre. A receita total de bilheteira já passa os 3,5 mil milhões de dólares desde o primeiro filme, realizado por Brian de Palma, em 1996.

• CINEMAX - RTP c/ AFP

• 06 Jul 2023 22:41