Uma memória cinéfila de Carmen Dolores
Carmen Dolores faleceu aos 96 anos. Para a história do cinema português, ficará, antes do mais, como a actriz que, em 1943, encarnou a Teresa de "Amor de Perdição", sob a direcção de António Lopes Ribeiro.
Actriz de longa carreira e talento multifacetado, Carmeno Dolores faleceu em Lisboa, no dia 15 de fevereiro, contava 96 anos.

Trabalhou regularmente até 2003, ano em que integrou o elenco da peça "Copenhaga", de Michael Frayn, encenada por João Lourenço no Teatro Aberto. Tendo em conta que a carreira de Carmen Dolores se desenvolveu ao longo de seis décadas, a sua filmografia é relativamente escassa, incluindo ainda, por exemplo, "Um Homem às Direitas" (1945), de Jorge Brum do Canto, "A Vizinha do Lado" (1945), de novo com Lopes Ribeiro, e "Camões" (1946), de Leitão de Barros, contracenando uma vez mais com António Vilar.
Mais tarde, surgiu em "O Princípio da Sabedoria" (1975), de António de Macedo, "Balada da Praia dos Cães" (1987) e "A Mulher do Próximo" (1988), ambos de José Fonseca e Costa. "Retrato de Família" (1991), de Luís Galvão Teles, seria o seu derradeiro título cinematográfico. Escreveu vários livros de memórias: "Retrato Inacabado" (1984), "No Palco da Memória" (2013) e "Vozes Dentro de Mim" (2017).
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