18 Set 2023

Wang Bing, importante cineasta chinês e presença assídua na programação do Doclisboa, traz “Man in Black” para a abertura da 21.ª edição do festival, agendada para 19 de outubro, às 21h00, no Cinema São Jorge.

A fechar, estreia-se em Portugal a primeira longa-metragem de ficção de Leonor Teles “Baan”, exibida a 29 de outubro, às 21h00, na sala da Culturgest.

Em “Man In Black”, o autor de obras como “Fathers and Sons” e “Almas Mortas” retrata o corpo e a alma de Wang Xilin, compositor e dissidente chinês. Fazendo uso de excertos das suas sinfonias, o cineasta regista os horrores rememorados pelo compositor octogenário, histórias de desumanização de um país e de um regime em convulsão. Wang Xilin estará em Lisboa para acompanhar a sessão de abertura da 21.ª edição do festival.

A 29 de outubro, é a vez de Leonor Teles. Baan (“casa” em tailandês), primeira longa-metragem de ficção da realizadora portuguesa, ensaia uma viagem pelos lugares e pelas emoções da protagonista, a jovem arquiteta L (Carolina Miragaia). Os amores e desamores de L acontecem entre Lisboa e Banguecoque, entre o relacionamento passado que teima em assombrar o presente, e a figura de uma mulher misteriosa por quem L se apaixona: K (Meghna Lall), uma canadiana de ascendência tailandesa. Numa Lisboa a braços com a especulação imobiliária e tensões migratórias, ou nas ruas inundadas de luzes e estímulos da Tailândia, Leonor Teles retrata duas jovens em busca do seu lugar no mundo, da sua casa.

Na secção Riscos, dedicada a revelar novos olhares sobre a paisagem cinematográfica, são dois os cineastas convidados: a colombiana-brasileira Paula Gaitán, cujos filmes, de uma liberdade rara, são presença habitual no Doclisboa; e Mika Taanila, cineasta e artista visual finlandês, autor de uma extensa obra. O festival exibe dois filmes de Gaitán (“O Canto das Amapolas”, 2014; e “Noite”, 2015) e três obras de Taanila (“Monica in the South Seas”, 2023; “I Might be Stuck”, 2022; e “RoboCup99”, 2000).

Destaque ainda para uma viagem performática no tempo pela mão de Luciana Fina: “Andrómeda” (2023), um exercício de evocação cinematográfica e artística da televisão pública italiana dos anos 1960 e 1970. A sessão – em colaboração com o Festival Temps D’Images – será a 21 de outubro às 19h00 na Cinemateca Portuguesa.

  • CINEMAX - RTP
  • 18 Set 2023 19:03

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