11 Jun 2015 21:57
Vimo-lo em filmes tão marcantes como "Moulin Rouge" (1952), de John Huston, "A Batalha do Rio da Prata" (1956), de Michael Powell e Emeric Pressburger, "007 – O Homem da Pistola Dourada" (1974), de Guy Hamilton, ou "1941 – Ano Louco em Hollywood" (1979), de Steven Spielberg. O certo é que, na história como na mitologia, Christopher Lee ficará para sempre ligado à sua imagem de Conde Drácula — o actor inglês faleceu no dia 7 de Junho, em Londres, na sequência de complicações respiratórias e cardíacas; contava 93 anos.
Foi, de facto, a partir de "O Horror de Drácula" (1958), de Terence Fisher, que Lee construiu a sua imagem de marca, acabando por se impor como um dos principais símbolos da produção dos estúdios britânicos da Hammer Films, na altura empenhados em revitalizar as matrizes clássicas do terror cineamtográfico. Ironicamente, estreara-se na Hammer interpretando o monstro criado por Viktor Frankenstein, em "A Máscara de Frankenstein" (1957), também de Fisher, também contracenando com o seu amigo Peter Cushing (aqui na figura de Viktor; no filme de vampiros como o Dr. Van Helsing).
Christopher Lee é detentor de uma impressionante filmografia, por certo das maiores que a história do cinema regista. O número de títulos varia conforme as fontes; em todo o caso, será sempre superior a 250, desde a sua estreia com "Corridor of Mirrors" (1948), de Terence Young, até trabalhos mais recentes como as suas colaborações com Tim Burton, nomeadamente em "Charlie a Fábrica de Chocolate" (2005), ou as suas participações nas sagas de "A Guerra das Estrelas" (com a personagem do Conde Dooku) e "O Senhor dos Anéis" (assumindo o feiticeiro Saruman, também presente em "O Hobbit").