25 Out 2015 0:50
Foi uma das figuras mais emblemáticas, e também mais lendárias, da produção de Hollywood nas décadas de 1940/50: Maureen O’Hara faleceu, durante o sono, no dia 24 de Outubro na sua casa de Boise, Idaho — contava 95 anos.
De seu nome Maureen FitzSimons, esta irlandesa, nascida em Dublin a 17 de Agosto de 1920, acabaria por triunfar em Hollywood, onde chegou integrada na vaga de profissionais britânicos que partiram para os EUA no início da Segunda Guerra Mundial. No seu derradeiro filme no Reino Unido, "A Pousada da Jamaica" (1939), sob a direcção de Alfred Hitchcock, contracenou com Charles Laughton; voltou a ser protagonista a seu lado na estreia em Hollywood, em "Nossa Senhora de Paris" (1939), de William Dieterle.
John Ford foi um dos realizadores que mais vezes a dirigiu, nomeadamente em "O Vale Era Verde" (1941) e "O Homem Tranquilo" (1952), ambos consagrados com vários Oscars, incluindo, no primeiro caso, o de melhor filme do ano. Entre os momentos mais importantes da sua filmografia incluem-se ainda "Esta Terra É Minha" (1943), de Jean Renoir, "Aventuras de Buffalo Bill" (1944), de William A. Wellman, e "Lady Godiva" (1955), de Arthur Lubin.
"Companheiros da Morte" (1961), um western de Sam Peckinpah, foi o seu último filme historicamente importante. Continuou a filmar com regularidade apenas até ao começo dos anos 70; o telefilme "The Last Dance" (2000), de Kevin Dowling, seria o seu derradeiro trabalho.
Curiosamente, apesar da repercussão, do prestígio e dos prémios de muitos dos seus filmes, nunca chegou às nomeações dos Oscars. No âmbito dos prémios referentes ao ano de 2015, receberia uma distinção honorária da Academia de Hollywood.