31 Jul 2017 12:19
Morreu esta segunda-feira, a atriz francesa Jeanne Moreau. Tinha 89 anos. De acordo com fonte oficial do governo francês foi encontrada morta no seu apartamento em Paris.
Entre diversas distinções recebidas ao longo da sua carreira, destacam-se o prémio de melhor atriz em Cannes, em 1960, pelo papel no filme "Recusa", ao lado de Paul Belmondo, do prémio BAFTA para melhor atriz estrangeira em 1965, por "Viva Maria!", de Louis Malle, e do Cesar de melhor atriz em 1992 por "La vieille qui marchait dans la mer", de Laurent Heynemann.
Começou a trabalhar no teatro, em 1947, fazendo parte do elenco da Comédia-Française. Estreou-se no cinema dois anos depois, como secundária no drama romântico "Dernier amour", de Jean Stelli.
Adquiriu o estatuto de estrela do cinema francês e europeu com "Fim-de-Semana no Ascensor" (1958), de Louis Malle, "La Notte" (1961), de Michelangelo Antonioni, e "Jules e Jim (1962), realizado por François Truffaut.
Trabalhou também com Luis Buñuel, no papel principal de "Diário de Uma Criada de Quarto" (1965), e Orson Wells, em "The Trial" (1962), "Chimes of Midnight" (1965) e "The Immortal Story" (1968).
A lista de cineastas consagrados que contaram com Moureau no elenco dos seus filmes inclui ainda Elia Kazan (The Last Tycoon), Rainer Werner Fassbinder (Querelle), Wim Wenders (Until the End of the World) e o brasileiro Cacá Diegues que teve a atriz como protagonista do seu filme "Joanna Francesa", de 1973.
Assinou também o argumento e a direção de três filmes: "Lumiere", um drama romântico (1976); o drama "L’adolescente" (1979); e um documentário sobre a atriz americana Lillian Gish (1983).
Em 2012, trabalhou com Manoel de Oliveira na última longa-metragem do realizador português, "O Gebo e a Sombra".
A sua derradeira aparição nos ecrãs de cinema aconteceu em 2015, com um pequeno papel na comédia "Le talent de mes amis".