25 Mar 2021 1:44
Actor com uma carreira de mais de meio século em cinema e televisão, George Segal faleceu no dia 23 de Março, em Santa Rosa, Califórnia, na sequência de problemas causadas por uma cirurgia cardíaca — contava 87 anos.
"Quem Tem Medo de Virginia Woolf?" (1966), a adaptação da peça de Edward Albee realizada por Mike Nichols, é o título central da longa filmografia de George Segal — clássico do cinema enquanto recriação do teatro, valeu-lhe a sua única nomeação para um Óscar (na categoria de actor secundário).
Nascido em 1934, em Nova Iorque, antes de "Quem Tem Medo de Virginia Woolf?", desenvolvera já uma actividade considerável, tendo surgido em filmes populares como "O Dia Mais Longo" (1962) ou "A Nave dos Loucos" (1965), revelando especiais dotes dramáticos.
De qualquer modo, foi sempre um actor eminentemente versátil, acabando por ser através da comédia mais ou menos romântica que se tornou mais conhecido do grande público. Entre os seus maiores sucessos incluem-se "O Mocho e a Gatinha" (1970), de Herbert Ross, contracenando com Barbra Streisand [trailer], "Um Toque de Classe" (1973), de Melvin Frank, com Glenda Jackson, ou "Brincando com a Sorte (1974), de Robert Altman.
Sempre em actividade até há bem pouco tempo, foi repartindo o seu trabalho por cinema e televisão, de alguma maneira renovando a sua popularidade graças à série "Os Goldberg" (2013-2021).
Vimo-lo também em registo de ficção científica, em "O Homem Terminal" (1974), de Mike Hodges, a partir de um romance de Michael Crichton, ou na comédia do absurdo "O Melga" (1996), de Ben Stiller, protagonizada por Jim Carrey. Em "Elsa e Fred" (2014), de Michael Radford, com Shirley Maclaine e Christopher Plummer, teve o seu derradeiro trabalho para cinema.