6 Jul 2022 13:33
Segundo a programação da 75.ª edição hoje revelada, na competição internacional de longas-metragens está "Nação Valente", um filme de ficção de Carlos Conceição, que a produtora Terratreme Filmes diz ser sobre "o fim do colonialismo português, a independência de Angola e os traumas da guerra colonial".
O filme conta com a participação de João Arrais, Anabela Moreira, Gustavo Sumpta e Leonor Silveira e foi coproduzido com França e Angola, onde Carlos Conceição nasceu em 1979.
Carlos Conceição é autor de filmes como "Versailles" – apresentado em Locarno em 2013 -, "Coelho Mau" (2017), "Serpentário" (2019) e "Um fio de baba escarlate" (2020).
O Festival de Cinema de Locarno, que decorre de 3 a 13 de agosto, contará ainda com outros filmes portugueses fora de competição, nomeadamente "Onde fica esta rua? Ou sem antes nem depois", de João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata.
Em Locarno, onde já foram premiados, os realizadores estrearão um documentário rodado em Lisboa que revisita os lugares do filme "Os Verdes Anos" (1963), de Paulo Rocha, contando com a participação da atriz Isabel Ruth.
Também fora de competição, e no programa dedicado a primeiras obras, estará "Objetos de Luz", uma reflexão visual sobre a importância da luz na criação cinematográfica, assinada pelo diretor de fotografia Acácio de Almeida e por Marie Carré.
No programa competitivo "Pardi di domani", para curtas e médias-metragens, está o filme de animação "L’ombre des papillons", da realizadora marroquina Sofia El Khyari, coproduzido por França, Qatar, Marrocos e Portugal, pela Cola Animation.
"O dia do desespero" (1992), filme de Manoel de Oliveira sobre os últimos dias de vida do escritor Camilo Castelo Branco, irá passar em Locarno na secção "História(s) do Cinema".
Na véspera do arranque do festival de Locarno, na Piazza Grande, será exibido o filme de animação "Interdito a cães e italianos", do realizador Alain Ughetto, recentemente premiado em Annecy, e que conta com coprodução portuguesa pela Ocidental Filmes.
No segundo ano como diretor artístico do festival de Locarno, Giona A. Nazzaro, descreveu a programação deste ano como "ampla, diversificada e inclusiva".