Saltar para o conteúdo principal

09 Abr 2025

Os cinemas portugueses perderam mais de 56 mil espectadores no primeiro trimestre deste ano, face a igual período de 2024, mas registaram um ligeiro aumento, de 50.720 euros, de receita de bilheteira, foi hoje anunciado.

De acordo com os dados de exibição divulgados pelo Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA), as receitas brutas de bilheteira registaram um saldo positivo no trimestre (de 0,3%), comparando com o primeiro trimestre de 2024, para um total de 16,7 milhões de euros.

Esta ligeira subida do trimestre aconteceu por conta da boa prestação do mês de janeiro, com 6,8 milhões de euros de receitas de bilheteira, ou seja, mais 1,6 milhões de euros do que em janeiro de 2024.

Em termos de audiência, entre janeiro e março, os cinemas acolheram 2.640.438 espectadores, com uma perda de 2,1% face ao primeiro trimestre de 2024.

Apesar de janeiro deste ano ter ultrapassado um milhão de entradas nos cinemas (1.079.282), a prestação dos meses de fevereiro e de março ficaram, cada um, abaixo dos 800 mil espectadores, o que faz com que, no total, a audiência em sala tenha sido inferior ao trimestre de 2024.

Nos primeiros três meses de 2025, o filme mais visto pelos portugueses foi a produção brasileira “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles, com 374.811 espectadores e 2,5 milhões de euros de receita de bilheteira.

O filme português mais visto no trimestre, mesmo tendo estreado a 27 de março, foi “On Falling”, de Laura Carreira, com 3.323 espectadores e 20.444 euros de receita bruta de bilheteira.

De acordo com o ICA, os filmes de produção portuguesa tiveram, no primeiro trimestre, 17.265 espectadores e 68.230 euros de receita de bilheteira, o que representa uma quota de mercado de apenas 0,7% e 0,4%, respetivamente.

Entre os dez filmes que o ICA considera portugueses, por terem coprodução nacional, mesmo que seja minoritária, figuram “Nome”, do realizador guineense Sana Na N’Hada, “O império”, de Bruno Dumont, e “Misericórdia”, de Alain Guiraudie, ambos cineastas franceses, e “Caixa de resistência”, dos espanhóis Concha Barquero Artés e Alejandro Alvarado Jódar.

A NOS Lusomundo Cinemas, líder da exibição em Portugal com 218 salas, totalizou 10,9 milhões de euros de receita de bilheteira no primeiro trimestre (detém 65,3% do mercado), mas registou uma perda de 2,6% face ao primeiro trimestre de 2024.

Em termos de audiência, aquela empresa detém uma quota de 62,5% do mercado, com um total de 1,6 milhões de bilhetes emitidos, mas este valor representa uma perda de 4,2%, comparando com igual período do ano passado.

  • LUSA
  • 09 Abr 2025 18:03

+ conteúdos