A primeira curta-metragem de Alice Guimarães e Mónica Santos funde os géneros da ficção e da animação narrando a história amorosa de um par que lida com o final de uma relação.
A história de amor de Amélia e Duarte está esgotada e agora restam as memórias depositadas numa Secção dos Amores Perdidos, um arquivo onde se acumulam caixas identificadas com os nomes do casal e que guardam objectos, cheiros, sabores, sorrisos, sentimentos, os instantes da relação.
O filme expõe as memórias que atormentam Amélia e Duarte, citando as recordações que o casal vai desprezando e as decisões que vão sendo tomadas para aniquiliar essas vivências e partilhas que relembram os momentos doces da relação.
A curta-metragem tem um estilo cativante e original, tendo sido realizada através do recurso às técnicas de pixilação e stop-motion. A ambiência technicolor da década de 50, retrata o surrealismo desesperado dos atos do casal e acentua uma impressão cromática sobre o fim do amor.
As realizadoras Alice Guimarães e Mónica Santos complementam-se no processo criativo. Alice especializou-se em artes digitais enquanto que Mónica travalha imagem real e animada.
"Amélia & Duarte" é um dos filmes mais premiados desde que estreou em 2015 no Curtas Vila do Conde. A curta-metragem recebeu o Prémio Sophia na categoria curta-metragem de animação, o prémio do público no Curtas Vila do Conde 2015, foi considerada o Melhor Filme Português – Prémio Sociedade Portuguesa de Autores | Vasco Granja na Monstra 2016 – Festival de Animação de Lisboa e o Prémio António Gaio para melhor curta-metragem na competição nacional do Cinanima 2015 – Festival Internacional de Cinema de Animação de Espinho.