7 Set 2017 21:31

Este ano, Scarlett Johansson surgiu por duas vezes nas salas escuras, com "Ghost in the Shell", uma aventura de ficção científica, e a comédia "Girls Night". Quase sempre, quando rememoramos a sua carreira fulgurante, somos levados a apontar o filme "Match Point", realizado por Woody Allen em 2005, como um momento decisivo de viragem. Assim será, mas vale a pena lembrar que quem lhe deu a sua primeira grande oportunidade foi Robert Redford num filme feito alguns anos antes, mais exactamente em 1998 — chamava-se "O Encantador de Cavalos".



Scarlett Johansson tinha apenas 13 anos e assumia o papel de filha de Kristin Scott Thomas com uma convicção rara numa actriz daquela idade. Depois, de facto, "Match Point" seria um título de viragem, mas antes há ainda uma espécie de interlúdio romântico, filmado por Sofia Coppola: "Lost in Translation", esse melodrama utópico que Scarlett protagonizava com Bill Murray.

Depois, vieram títulos de grande impacto, mesmo quando não foram propriamente grandes sucessos, como "A Ilha", em 2005, ou as várias aventuras dos "Vingadores" em que Scarlett Johansson interpreta a Viúva Negra. Fica quase sempre de fora um filme que merece ser reavaliado — falo de "A Dália Negra", uma revisão do clássico filme noir com assinatura de Brian De Palma.



Hoje em dia, Scarlett Johansson é um nome capaz de sustentar, por si só, uma grande produção, como aconteceu com o thriller futurista "Lucy", dirigido em 2014 pelo francês Luc Besson. Mas é também uma actriz que não se desligou das pequenas produções de espírito independente. Um caso exemplar que vale a pena lembrar será "Debaixo da Pele" (2013), de Jonathan Glazer, um fascinante objecto de cinema, a meio caminho entre o terror e a ficção científica.


  • cinemaxeditor
  • 7 Set 2017 21:31

+ conteúdos